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Origem da Uva Niagara

A ORIGEM DA UVA NIAGARA ROSADA

CONCORD

Obtida em 1843 à partir de sementes de videiras selvagens Concord, Massachusetts, EUA

CASSADY

Descendente de uma polinização aberta de Vitis Labrusca: muda voluntária que apareceu no quintal de P.H. Cassady em 1847 Filadélfia, Pensilvania, EUA

NIAGARA BRANCA

Foi apresentada para cultivo em 1882 pela Niagara Grape Company. Em 1894 a Niagara Branca foi trazida por Benedito Merengo do Alabama  (EUA)  para São Paulo (Brasil)

Em 1933 uma mutação somática da NIAGARA BRANCA dá origem a NIAGARA ROSADA, uva símbolo do Circuito das Frutas Paulista.

1933 - A Origem da Uva Niagara Rosada

Uma das versões sobre o fato é relatada pelo renomado Julio Seabra Inglez de Sousa que em sua obra Origens do Vinhedo Paulista diz o seguinte: “… Em 1933 apareceu, em Louveira, na vinha de Antônio Carbonari, uma cepa de Niagara Branca ostentando em alguns pâmpanos maravilhosos cachos de bagas vermelhas e que foram descobertas pelo viticultor Aurélio Franzini. Nascera assim a mutação somática Niagara Rosada, que se tornaria a uva de mesa mais cultivada no Estado …” Na época o Bairro do Traviú, onde ocorreu o fato relatado, estava ligado a Louveira e ambos pertenciam ao município de Jundiaí. Hoje o Bairro do Traviú faz parte do município de Jundiaí. Fato pouco divulgado é que no mesmo ano de 1933, na propriedade da Família Gomiero, também em Louveira, ocorreu outra mutação somática da Niagara Branca dando origem a Niagara Rosada.

     Estudos atestam a veracidade das duas mutações ocorridas no mesmo ano de 1933! Apesar do destaque à mutação ocorrida na propriedade da Família Carbonari, muitos afirmam que a verdadeira disseminação da Niagara Rosada partiu de bacelos doados aos viticultores da época pela família Gomiero, conforme relata Hilário Caniato, em sua obra em homenagem aos Centenário do Bairro do Traviu: “… merecendo, por fim, indiscutível preferência a mutação Rosada de matiz claro, provinda da Chácara Gomiero, que passou a representar a independência econômica desse laborioso povo…”

     Rapidamente a Niagara Rosada substituiu as demais variedades cultivadas até então, em especial as uvas Isabel e Corbina (Seibel 2), conquistando o mercado paulistano e, em 1939, invadiu o mercado carioca com grande sucesso. Nas décadas seguintes o cultivo da variedade se difundiu por toda região e a especialização no cultivo da Niagara Rosada conquistada através dos anos fizeram das famílias de vários viticultores verdadeiras referências nacionais.

     Na década de 1960 a Niagara Rosada migrou para áreas mais quentes na  região de Indaiatuba. Na década de 1980 e 1990 dividiu o espaço das uvas  finas na região de São Miguel Arcanjo, fato que se repetiu nos vinhedos irrigados do Noroeste Paulista. Hoje o cultivo da Niagara Rosada se estende de Norte a Sul do Brasil, com novas regiões produtoras em Pirapora (norte de MG), São Gonçalo do Sapucaí (sul de MG), Rosário do Ivaí (PR), Primavera do Leste (MT) e até mesmo nas tradicionais áreas vitícolas das serras gaúchas e catarinenses…

     A Família Micheletto se orgulha de fazer parte dessa história e através de seu empreendimento busca manter viva a paixão pela viticultura oriunda de seus antepassados que como muitos outros imigrantes tiveram a ousadia e a coragem de atravessar o Atlântico na busca de uma vida melhor nesta desafiadora Terra de Santa Cruz.

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